RESUMO-
O ser humano é composto por mais do que a soma de suas partes. Para a neurociência um neurônio isolado nada faz pelo cérebro. Para o corpo cada membro ou órgão tem sua função específica. Na fenomenologia a percepção e a apreensão dos sentidos se dá pelo corpo. O cérebro rege o corpo através dos neurônios, são as funções executivas que garantem ao ser humano um bom desempenho nas atividades cotidianas. Corpo e mente, quando não sincronizados, acabam por trazer uma infinidade de reações ao organismo. Ao se autoconstruir o ser humano integra corpo e mente tomando consciência da existência. Este trabalho tem como finalidade a conclusão do curso de pós-graduação em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, nele buscaremos apresentar um ser humano que funciona na sua perfeição com a soma de suas partes, corpo e mente integrados, e quando uma dessas partes não está alinhada esse ser acaba por adoecer.
INTRODUÇÃO
O ser humano é composto por mais do que a soma de suas partes. Para a neurociência um neurônio isolado nada faz pelo cérebro. Para o corpo cada membro ou órgão tem sua função específica.
Para Damásio, 2004 (apud Castro M.G., et.al, pag.40)
.... que encontra na obra de Ética do filosofo Espinosa, outra perspectiva para o dualismo de Descartes, quando afirma que o pensamento e a extensão, embora distinguíveis, são produtos da mesma substância. Deus ou natureza. Esta referência de uma única substância serve ao propósito de apresentar a mente como inseparável do corpo.
Na fenomenologia a percepção e a apreensão dos sentidos se dá pelo corpo. Merleau Ponty traz que “a percepção do corpo é confusa na imobilidade, pois lhe falta a intencionalidade do movimento. Os movimentos acompanham nosso acordo perceptivo com o mundo. Situamo-nos nas coisas dispostas a habitá-las com todo nosso ser”.
As sensações que sentimos se associam aos movimentos e cada objeto nos convida a realizar de uma atitude em particular, sem representação anterior desse movimento, cria-se uma possibilidade de enfrentar essa situação existencial.
O cérebro através de seus componentes coordena todas as funções do organismo, neurônios, neurotransmissores, sinapses, percorrem todo o corpo do homem levando informações e regulando suas reações quando em contato com o mundo, tornando o homem um ser complexo onde a soma das partes é muito mais que um simples resultado.
Corpo e mente, quando não sincronizados, acabam por trazer uma infinidade de reações ao organismo. As patologias têm início nesta falta de sincronização. Quando a mente percebe alterações no mundo da pessoa ela começa a colocar barreiras no campo para que essa reação não domine o corpo. As doenças psicossomáticas explicam essa proteção da mente para com o corpo.
O termo Psicossomática, em Gestalt, é a junção do PSIQUICO e o SOMÁTICO, o que é da psique e o que é do soma. Uma junção do sujeito como ser único e não divisível. Segundo Capra (1982) apud Ivanko, uma abordagem de embasamento holístico na saúde, no tratamento e na cura está de acordo com pensamentos e paradigmas mais tradicionais, bem como é coerente com as teorias científicas modernas.
Para Alexander, 1989, devemos ter em mente que cada sintoma orgânico tem um significado emocional para o paciente, do qual o ego tira proveito para o alívio dos conflitos emocionais. (p.202).
Os movimentos do corpo acompanham a percepção que temos do mundo. Para o existencialismo precisamos existir, dar sentido a essa existência e então nos responsabilizarmos por nossas escolhas. Ao se autoconstruir o ser humano integra corpo e mente tomando consciência da existência.
O nosso corpo é o veículo para o “Ser-no-mundo” e a forma básica de manifestarmos o nosso mundo próprio. O nosso corpo expressa o nosso diálogo único com o mundo (Spinelli, 2004).
Desde os tempos mais antigos os filósofos e pensadores tentam explicar a relação entre mente e corpo. O cérebro é o centro de comando do organismo, através das respostas dos neurônios ao nosso organismo expressamos sensações e emoções, sorrimos ou ficamos tristes. Mente e corpo alinhados, em sintonia, fazem com que o ser humano se torne saudável e produtivo.
Este trabalho tem como finalidade a conclusão do curso de pós-graduação em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, nele busco apresentar um homem que funciona na sua perfeição com a soma de suas partes, corpo e mente integrados, e quando uma dessas partes não está alinhada esse ser acaba por adoecer.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica com foco na revisão bibliográfica, foram feitas buscas de artigos Google acadêmico. Coleta documental livros específicos usados para embasamento da fenomenologia, existencialismo e humanismo Pesquisa qualitativa com objetividade no descrever, a hierarquização e a precisão ao contextualizar a busca por resultados fidedignos. A frase utilizada para pesquisa foi “O CÉREBRO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O CORPO. No google acadêmico cinco artigos foram selecionados e separados por conter alguma das palavras-chave ou parte delas. Assim os cinco artigos servirão base para as discussões no trabalho.
1 DESENVOLVIMENTO
1.1 O cérebro
Gil, R. (2014) nos traz o cérebro do homem, segundo a concepção tripartida de Mac Leam, ele se divide em três pequenos cérebros, o reptiliano, responsável pelo instinto de sobrevivência, o Límbico, que controla nosso comportamento emocional e o Neocórtex que é responsável pela nossa racionalidade, aqui está localizada nossa capacidade de aprendizado.
O reptiliano, localizado no tronco cerebral, responsável pelo sistema de vigília e na motricidade, esse sistema mais arcaico é rico em opiáceos e dopamina, que controla os comportamentos e necessidades básicas como o ato de comer e a defesa.
O sistema límbico localizado na face central dos hemisférios cerebrais, conectado ao hipotálamo, se constitui de estruturas sub corticais como hipocampo e amigdala. Na parte periférica o giro do hipocampo, giro do corpo caloso e todo o conjunto constitui o giro de broca. O aparelho olfatório completa o sistema límbico.
Gil, R. (2014) mostra que o sistema límbico intervém na regulação dos comportamentos instintivos, emocionais e na memória. tem importante papel na produção de emoções e motivação do comportamento.
O Neocórtex se divide em lobos e cada lobo tem uma função específica, O Frontal é responsável por nossas funções executivas como pensamento, planejamento, programação de necessidades individuais e emoção. O Parietal pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão. O Temporal está envolvido primariamente com o sentido de audição, reconhecimento de tons específicos e intensidade do som. O Occipital responde pelo processamento da informação visual. O Límbico está envolvido com aspectos do comportamento emocional e sexual e com o processamento da memória. Gil, R. (2014)
O cérebro rege o corpo através de unidades funcionais fundamentais ao sistema nervoso chamadas neurônios. O cérebro é composto por bilhões de neurônios que transportam informações e ativam músculos e glândulas. Cada neurônio recebe e envia informações de outros vários outros neurônios e de si próprio.
Os influxos nervosos que percorrem os neurônios e juntamente com os fenômenos bioquímicos criam as atividades, os receptores sensoriais, então, traduzem os sinais químicos em impulsos nervosos.
As ligações entre um neurônio e outro é chamada de sinapse, são as sinapses que fazem com que os influxos nervosos cheguem a todos os pontos do corpo humano, os neurotransmissores atuam excitando ou inibindo essa ligação.
Neurotransmissores são substâncias químicas que ficam nas lacunas sinápticas, o cérebro tem mais de cem substâncias químicas, dentre elas estão acetilcolina, norepinefrina, serotonina, dopamina e vários outros aminoácidos.
Neuropeptídios, são substâncias mais sutis, eles não levam mensagens diretamente, eles regulam a atividade de outros neurônios fazendo isso afetam a memória, a dor, a emoção, o prazer, o humor, a fome, o comportamento sexual e outros processos básicos.
Esse conjunto de funções faz o complexo sistema do homem funcionar em todos os níveis. Cada ser humano tem vários bilhões de neurônios fazendo conexão em seu corpo, ligando cada parte, cada órgão.
Os lobos frontais estão relacionados a aptidões mais elevadas, responsável pelo controle dos movimentos, o córtex ali localizado dirige os músculos do corpo, também está relacionado a comportamentos mais complexos, quando danificados podem prejudicar a personalidade e a vida emocional do sujeito drasticamente.
Nos lobos frontais é responsável pelas funções executivas (FEs), sçao elas que garantem ao ser humano um bom desempenho nas atividades cotidianas. Diversos autores referem-se as Funções Executivas como um conceito guarda-chuva que engloba várias funções como memória de trabalho, flexibilidade cognitiva, identificação de metas, iniciação de tarefas, planejamento, comportamento, monitoramento do próprio desempenho (autorregulação). (Delis, Kaplan, & Kramer, 2001 apud Salles, J.F. et.al. 2016).
Para Zelazo et.al, 2003,
As FEs consistem em um mecanismo de controle cognitivo que direciona e coordena o comportamento humano de maneira adaptativa, permitindo mudanças rápidas e flexíveis ante as novas exigências do ambiente”. Elas englobam uma série de competências inter-relacionadas e de alto nível de processamento cognitivo, cujo impacto se reflete no funcionamento afetivo-emocional, motivacional, comportamental e social.
As glândulas endócrinas também são responsáveis pelo comportamento humano elas despejam substâncias químicas na corrente sanguínea ou no sistema linfático afetando tantos as atividades internas como os comportamentos visíveis.
Os hormônios afetam o comportamento humano de várias maneiras, aumentam em situações estressantes, estão diretamente ligadas ao sistema sexual feminino e masculino, hormônios excretados em momentos de emoção trazem lembranças dentre outros. A adolescência é conhecida pelos elevados níveis de hormônios que causam confusão emocional no jovem. Os hormônios predominam quando se está zangado ou com medo.
O cérebro controla funções vitais do corpo, ele acompanha o que acontece no mundo exterior e interior, emite comandos responde as necessidades, cria o ilusionismo da consciência e regula o próprio comportamento, uma máquina perfeita que faz tudo ao mesmo tempo.
Segundo Aristóteles (apud Gross, 1995, 1998a - pag.804.) o cérebro seria essencial para o funcionamento do organismo e associado ao coração, eles formariam uma unidade que permitiria o funcionamento normal do corpo. O coração quente precisaria ser contrabalançado para se manter correto e justo. O cérebro, frio, regularia o calor produzido pelo coração no sangue. Ao alcançar o cérebro logo após saírem do coração, o sangue aquecido provocaria a evaporação da água presente no cérebro, resfriando-se e ao esfriar o calor do coração, ocorreria a produção de flegma no cérebro.
1.2 O corpo
Segundo George Kovacs (1993), o corpo não é somente significado ou instrumento secundário para a existência do ser humano no mundo, mas sim expressão da própria existência, pois o meu corpo expressa a minha existência em toda a sua facticidade e vida (Spinelli, 2004).
Para Merlau Ponty (1908 – 1961): “a percepção do corpo é confusa na imobilidade, pois lhe falta a intencionalidade do movimento. Os movimentos acompanham nosso acordo perceptivo com o mundo. Situamo-nos nas coisas dispostos a habitá-las com todo nosso ser”.
Na concepção fenomenológica o entendimento do sentido ou dos sentidos, é entendido a partir de diferentes olhares sobre o mundo. Cada pessoa tem seu modo de compreender e sentir o mundo que a rodeia. De acordo com o campo em que vive suas reações se alteram.
As sensações são compreendidas em movimento: “A cor, antes de ser vista, anuncia-se então pela experiência de certa atitude de corpo que só convém a ela e com determinada precisão”. (Merleau-Ponty, 1945/1994, p. 284 apud Nobrega, T.P. 2008).
Um corpo por si só, não é nada além de massa inerte, para que apresente funcionamento se faz necessário a instancia da alma e da vida. A consciência torna esse corpo visível, ela representa uma qualidade imaterial e própria, não sendo um material do corpo nem depende da existência deste.
Dethlefsen e Rüdiger relatam que só se diz que um corpo está vivo quando se consegue sentir o coração batendo em uma certa cadência, a temperatura deve estar em determinado ponto, as glândulas distinguindo os hormônios, essas funções determinam que esse corpo não é apenas massa, mas, tem uma consciência, a esse conjunto harmonioso dá-se o nome de saúde, quando ele deixa de ser harmonioso a doença se instala. Ainda segundo os autores.
Ao dizer Eu, o Ser Humano separa-se de tudo aquilo que percepciona e que classifica como sendo alheio ao Eu - o Tu - e, a partir desse instante, fica preso nas malhas da polaridade. O Eu ata-o ao mundo dos opostos que não se reduz apenas ao Tu e ao Eu, mas separa ainda o interno e o externo, a mulher e o homem, o bem e o mal, a verdade e a mentira etc.
O ego impede-nos de perceber, reconhecer ou imaginar sequer a unidade ou o todo sob qualquer forma que seja. A consciência divide tudo em pares de opostos que nos lançam num conflito, obrigando-nos a diferenciar e a optar por este ou por aquele. O nosso entendimento mais não faz senão dissecar a realidade em pedaços cada vez mais pequenos (análise) e diferenciar esses pedacinhos (discernimento). Guiados por ele dizemos sim a uma coisa e, simultaneamente, dizemos não à coisa oposta, uma vez que é sabido que «os contrários se excluem.
A respiração é a maior prova das polaridades que o ser humano vive, inspirar e expirar, uma lei básica da vida. O bem e o mal é outro dilema da vida, cada ação ou valoração depende do ponto de vista de alguém. Um polo não vive sem o outro.
Tudo no universo tem uma razão de ser, nem sempre entende-se o porquê das coisas. Todos os esforções do ser humano visam enxergar a razão de ser de todas as coisas, a isso se dá o nome de Tomada De Consciência.
Para Peixoto, A.Y.S. 2019 “O fato de eu possuir o corpo que possuo e o ambiente no qual me situo faz com que a minha mente seja tal como ela é”.
Ivanko, 2006 pag.3, nos relata que medo, tristeza, raiva, felicidade, dificuldades ou impossibilidades em expressar rejeição ou frustração fazem com que o corpo se manifeste demonstrando uma emoção ou sentimento oculto, canaliza esse sentimento ou emoção para um determinado órgão ou sintoma e somente após se exprimir é que o organismo retoma a dinâmica natural da saúde.
Para Damásio (2004) o corpo é basicamente onde tudo começa, é onde a mente obtém força e se desenvolve, sem corpo não há mente, sem mente não há consciência. A construção das imagens do corpo para o autor está dividida em duas espécies de imagens, as de carne, imagens fundadas na representação interior do corpo, vísceras e do meio interno e as imagens nativas das chamadas sondas sensitivas especiais (órgãos sensitivos periféricos) como o globo ocular e a pele, que são receptores de estímulos sensoriais e se transformam em imagens, de alguma forma, representando as mudanças do estado do corpo.
Merleau-Ponty (1999) apud Argerami aponta que o uso que um homem fará de seu corpo é transcendente, enquanto ser simplesmente biológico, para esse autor, gritar na cólera ou abraçar no amor, não é mais natural ou menos convencional que chamar uma mesa de mesa. Assim temos que sentimentos e condutas passionais são inventadas da mesma forma que as palavras.
1.3 O Homem
Em Descartes (1983) vemos a filosofia cartesiana conceber o homem com duas substâncias (corpo e mente) distintas em sua essência e independentes por princípio, o pensamento é dado por Deus e o corpo é submetido às leis do movimento e da mecânica, assim como todos os objetos físicos que encontramos no mundo, um corpo sem alma como mera materialidade.
O foco passa a ser a anormalidade biológica, a classificação, os aspectos universais da patologia, onde a loucura deve ser tratada de forma nosológica, a psicopatologia baseada em modelos biomédicos. A loucura se transforma em doença mental e é passível de tratamento médico. O corpo para Descartes é uma máquina animada por uma alma, que pode ser dissecado e analisado.
Para Heidegger o homem é diferente, ele fala da cegueira da ciência positivista, que não permite que o homem se revele em sua fenomenologia. O filosofo utiliza a palavra alemã Dasein para se referir ao ser humano. Traduzindo DAISEN “Da” significa “aí” e “sein” quer dizer “ser”, portanto, “ser-aí”, numa interpretação heideggeriana, o homem é aquele ente que está presente no mundo de forma peculiar.
O homem, um ser aberto para sua própria experiência de existir, o homem tem autoconsciência, ele temporaliza, tem noção de que vive, mas não sabe o que irá acontecer com ele, daí sua angústia existencial e a necessidade de construir um sentido de vida.
Heidegger fala da necessidade de um modo próprio de aproximação do humano que possibilite enxergá-lo em sua complexidade e não como soma e psique. Ainda, segundo o autor, o modelo cartesiano aplicado ao homem divide, separa e o empobrece em sua humanidade. Para Heidegger o corpo é sempre um modo: o modo-singular-de-ser-do-homem-no-mundo, o fenômeno do corporar não pode ser mensurado, corporar é a minha relação direta com o mundo, é o horizonte existencial no qual eu permaneço.
É necessário um olhar que possa compreender o homem em sua complexidade e inteireza. Sem separar para depois agrupar, uma metodologia que já de início contemple o ser-homem existencialmente-no-mundo.
Para o Holismo o homem funciona de duas maneiras: no pensar e no agir e assim, somos forçados a pensar em um modo estrutural, onde a mente é a sede da unidade estrutural. PERLS, 1988, pag.24:
Um dos fatos mais notórios a respeito do homem é que ele é um organismo unificado. E, todavia, este fato é completamente ignorado pelas escolas tradicionais de psiquiatria e psicoterapia que, não importa como descrevam seu enfoque, continuam a operar em termos da velha cisão corpo/mente.
Desde o surgimento da medicina psicossomática, a estreita relação entre atividade mental e física se tornou cada vez mais flagrante. E não obstante essa persistência do paralelismo psicofísico, este avanço no conhecimento não progrediu tanto quanto deveria. Continua preso aos conceitos de causalidade, tratando a doença funcional como um distúrbio físico causado por um fato psíquico.
Pensamentos e sentimentos são indissociáveis e, assim como memórias, chegam acompanhadas por afetos. A visão mente e corpo integrados resultam no comportamento do sujeito e abrange a complexa relação de fatores biopsicossociais, afastando-se das explicações causais alinhadas e aproximando a mente do dialético.
2 CONCLUSÃO
Desde os tempos mais antigos os filósofos e pensadores tentam explicar a relação entre mente e corpo. O cérebro é o centro de comando do organismo, através das respostas dos neurônios ao nosso organismo expressamos sensações e emoções, sorrimos ou ficamos tristes. Mente e corpo alinhados, em sintonia, fazem com que o ser humano se torne saudável e produtivo.
As patologias têm início nesta falta de sincronização. Quando a mente percebe alterações no mundo da pessoa ela começa a colocar barreiras para que essa reação não domine o corpo. Os movimentos do corpo acompanham a percepção que temos do mundo. Para o existencialismo precisamos existir, dar sentido a essa existência e então nos responsabilizarmos por nossas escolhas.
O cérebro mobiliza o corpo através dos sentidos (audição, paladar, visão, tato, olfato) envia neurotransmissores por meio das sinapses, que percorrem o corpo e fazem com que o homem apresente emoções como raiva, amor, força, ainda que ele se movimente já que dá a intensão do movimento, expondo um homem que é mais que a soma de suas partes.
Só se diz que um corpo está vivo quando temos um coração a bater, uma temperatura adequada e glândulas distinguindo hormônios, cada alteração apresentada no corpo indica que esse homem não está em sua plenitude. O corpo por si só é uma massa sem vida.
Corpo e mente quando não estão em sintonia acabam por desencadear patologias ou neuroses, dificuldades para que esse homem deixe de fluir livremente, o que pode desencadear doenças psicossomáticas.
É através do corpo que o homem tem contato com o mundo, o campo ao seu redor apresenta um infinidade de estímulos, o homem escolhe o que mais lhe agrada, é ele o responsável pela forma como as informações serão tratadas, dando sentidos específicos aos estímulos que estão no campo. Cada homem tem sua forma de ver o mundo que o rodeia.
3 REFERÊNCIAS
LIVROS
ARGERANI, Valdemar Augusto – E a Psicologia entrou no Hospital. Nova edição atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Ed Artesã, 2017
ALEXANDER, F. – Medicina Psicossomática – Princípios e Aplicações. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989 pag.32, 202,
Dennis Coon - Indrodução a Psicologia: uma Jornada [tradução Eliane Kanner; Helena Bononi; Suely Sonone Murai Cuccio]. – São Paulo: Pioneira Thompson Learning 2006 Pag 47 48 62 63 68
Dethlefsen, Thorwald, Dahlke, Rüdiger – Krankheit als Weg Tradução da edição original alemã: C. Bertelsmann Verlag GmbH, Munchen, A DOENÇA COMO CAMINHO 1993. (ISBN 3-570-03579-4) pag.14,16
Gil, Roger Neuropsicologia / Roger Gil; tradução Maria Alice Araripe de Sampaio Doria. 4ª ed. [Reimpr.] - São Paulo : Santos, 2014 430p. :il - Pag.3,4.
Neuropsicologia do desenvolvimento : infância e adolescência [recurso eletrônico] / Organizadores, Jerusa Fumagalli de Salles, Vitor Geraldi Haase, Leandro F. Malloy-Diniz. – Porto Alegre : Artmed, 2016. e-PUB.
PERLS, Fritz. A abordagem gestáltica e a testemunha ocular da terapia. The Gestalt approch & Eye Witness to Terapy – traduzido da primeira edição publicada em 1973 por Science and Behavior Books Palo Alto California – Estados Unidos da América. 2ª ed Rio de Janeiro: LTC. 1988.
ARTIGOS
Castro, Maria da Graça de, Andrade, Tânia M. Ramos e Muller, Marisa C. Conceito mente e corpo através da História. Psicologia em Estudo [online]. 2006, v. 11, n. 1 [Acessado 15 Janeiro 2022] , pp. 39-43. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-73722006000100005>. Epub 25 Set 2006. ISSN 1807-0329. https://doi.org/10.1590/S1413-73722006000100005. Acessado em 15/12/2021
GIOVANETTI, José Paulo et al. O impacto das idéias humanistas, fenomenológicas e existenciais na Psicoterapia. Anais dos Encontros Mineiros de Psicologia Humanista, p. 90-93, 1994. https://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:1SDu75flioUJ:scholar.google.com/+Impactos+das+Ideias+Humanistas,+Fenomenol%C3%B3gicas+e+Existenciais+na+Psicoterapia&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 acessado em 23 jun. 2021.
IVANCKO, Silvia Martins. Uma Compreensão Psicossomática Do Órgão De Choque Através Do Trabalho Com Polaridades. https://tedeantiga.pucsp.br/handle/handle/15489 acessado em 21 jun. 2021.
NÓBREGA, Terezinha Petrucia da. Corpo, percepção e conhecimento em Merleau-Ponty. Estudos de Psicologia (Natal), v. 13, p. 141-148, 2008. https://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:9mB61reHLcEJ:scholar.google.com/+Corpo,+percep%C3%A7%C3%A3o+e+conhecimento+em+Merleau-Ponty&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 acessado em 15/12/2021
PEIXOTO, Alberto Yuri Santos et al. Relação de interação e integração entre cérebro, corpo e ambiente sob uma perspectiva corporificada e emergentista. 2019. http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:4TyObaZwuRIJ:scholar.google.com/+PEIXOTO,+Alberto+Yuri+Santos+et+al.+Rela%C3%A7%C3%A3o+de+intera%C3%A7%C3%A3o+e+integra%C3%A7%C3%A3o+entre+c%C3%A9rebro,+corpo+e+ambiente+sob+uma+perspectiva+corporificada+e+emergentista.&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 acessado em 15/12/2021
Ribeiro, Elizabeth da Costa. A Questão Da Psicossomática À Luz Da Fenomenologia-Existencial E Da Abordagem Gestáltica. 2007-08-31 Edição v. 4 n. 7 (2007): Sumário IGT na Rede, Vol. 4, Nº 7. Páginas 116 a 236. Seção Artigo, http://igt.psc.br/ojs3/index.php/IGTnaRede/article/view/135 acessado em 23 jun. 2021.
RODRIGUES, Edmar Gomes et al. O fenômeno e a estrutura da mente consciente: as relações de integração entre consciência, cérebro, corpo e meio ambiente. 2014. https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15579 acessado em 15/12/2021
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Psicologia Existencial Humanista E Fenomenológica.
Selma Bueno Alves
Psicóloga clínica
Neuropiscóloga
Gestalt-terapeuta
CRP 02-22741
Comments