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Foto do escritorSelma Bueno Alves

Qual sua responsabilidade na desordem do planeta?

Atualizado: 13 de jan. de 2021


Na época que estamos vivendo fica cada vez mais fácil culpabilizar o outro pelos acontecimentos, dizer eu faço minha parte, é muito comum, mas, qual é a sua parte?

O vírus, a meu ver, veio cobrar medidas mais energéticas para que acordemos para o que chamamos de “vida”. A qualidade do ar melhorou na china, após o isolamento, imagens foram comparadas do ar da China antes e depois do coronavírus, a melhora e visível no satélite, ficar em casa, fechar as empresas, diminuir a circulação de veículos. Na Itália, Veneza apresenta águas claras, peixes e golfinhos voltaram a nadar ali, uma foto do satélite mostra as diferenças antes e depois da parada obrigatória. Foram vistos pelas ruas da Espanha Javalis e em Hamburgo, na Alemanha, veados corriam pelas ruas. Muitas pessoas perceberam o canto dos pássaros que voltaram nas grandes cidades, onde foi estabelecida a quarentena.




Segundo o secretário geral da ONU, Antônio Guteres, o Covonavírus é passageiro, mas as alterações climáticas vão permanecer por décadas. Os cientistas argumentam que o impacto a longo prazo da pandemia, nas mudanças climáticas, dependerá de como os países e as empresas respondem a uma crise econômica. A Agência Internacional de Energia (AIE) alertou que o vírus enfraquecerá os investimentos globais em energia limpa e os esforços da indústria para reduzir as emissões, e pediu aos governos que ofereçam pacotes de estímulo que considerem as mudanças climáticas.


Nas agressões ao meio ambiente e no Coronavírus, ainda, não se fala em ir buscar as causas da pandemia, todos procuram a cura, falar em qual foi fonte, o início, parece ser proibido. Talvez seja cedo para alertar sobre novas contaminações, para que novos ciclos como esse não se repitam. Nada surge com a chuva, nada aparece ao acaso. Aparece porque a natureza foi desprezada, indústrias apareceram em todos os locais, alimentar a população é primordial, temos fome. (Flavio Tavares, jornalista, do jornal O estado de São Paulo)


Cientistas sugerem que habitações degradadas incentivam a diversificação de doenças, frase foi extraída de uma matéria da ONU, publicada em seu Environement Programme sob o Título: ‘Coronavirus outbreak highlights need to address threats to ecosystems and wildlife’, onde sugerem que estas habitações proliferam doenças, evoluem e diversificam as dissesses, além de espalharem muito mais rápido.


O coronavírus é um vírus zoonótico, ou seja, ele é transmitido de animais para pessoas. Pessoas de classes mais baixas e sem acesso a alimentação buscariam sua satisfação em animais silvestres, teriam se alimentado de um morcego portador dessa doença, um alimento inadequado e mal preparado, teria transmitido ao ser humano a doença que é comum entre os animais. Humanos costumam vacinar seus cães costumam contra esse vírus. Nos últimos anos várias doenças zoonóticas têm atingido o ser humano e se tornado manchetes, por ameaçarem causar pandemias, dentre elas Ebola, Gripe Aviária, Zika vírus.


Humanos e natureza são conectados, a natureza dá o alimento, os medicamentos, água pura, o ar, dentre outros benefícios. O ser humano em troca de todos esses benefícios, agride a natureza descartando poluição e lixo sem limites no ecossistema.



A responsabilidade de cada um.

O capitalismo desenfreado, o consumo por mais e mais, um mundo repleto de sinais confusos, que muda com rapidez e de forma imprevisível, onde a fragilidade dos laços é aparente assim dia em “Amor líquido” Zigmund Baum, um dos sociólogos mais perspicazes de nossa época. As pessoas pouco se importam de onde vem o que elas consomem, ou em que condições foram produzidos.


No tempo de nossos avós, eles iam ao mercado, carregando as sacolas de lona ou voltavam com sacos de papel que poderiam ser descartados no lixo, que na época era descartado em uma lata, sem sacos. Os tempos mudaram, a população cresceu. A alimentação não é mais natural, matamos para consumir leite, carne, ovos, frango. Legumes causam enjoo nas crianças, pouquíssimas se alimentam de frutas e verduras. A grande maioria tem preferência por açúcar, biscoitos industrializados e/ou fast-food. Quando se vê um vegano ou vegetariano, colocamos restrições do tipo: “De onde vem as vitaminas que seu organismo necessita?” Nos esquecendo que frutas e verduras têm seu potencial, que o sol brilha e traz vitaminas e felicidade. Atualmente usamos o descartável, se come o que é mais fácil de fazer ou se manda buscar, o rápido, o mais prático.


O yoga nos ensina que devemos cuidar do nosso “Darma” ou alma. Precisamos ter um propósito definido nesta vida, servir ao outro e ao meu trabalho. Segundo os ensinamentos da Yoga, a qualidade no cumprimento de seus Darmas pessoais é o que traz prazer a nossa vida e eleva a alma.


Sem qualidade de vida ficamos cada vez mais ligados a lembrança do que vivemos, e acabamos presos a momentos passados que não voltaram , mas, nos deixarão de baixo astral e possivelmente em depressão. Por outro, lado se vivemos fantasiando um momento, em que conseguiremos ser melhores, ter um emprego melhor, ganhar mais, casar-se, formar-se e tantos outros sonhos, acabamos com ansiedade. Uma ansiedade em sermos rápidos e perfeitos em coisas que talvez nunca se cumpra ou nunca terá fim. Freud diria que uma pessoa se torna exatamente o que desejou de si mesmo.

Quando todos seus propósitos de nossa vida, estão alinhados, quando seu trabalho lhe dá prazer e não somente bens. Quando você está a serviço do outro e sua ligação com a humanidade for de compaixão, então, você entendeu o que é viver e poderá viver a sua melhor versão alcançando finalmente a paz interior.


A Gestalt-Terapia te diz que você é responsável por seus atos, você só chegou onde está porque assim decidiu, suas escolhas o levaram a esse ponto. Os ajustes criativos feitos desde sua infância, refletem a forma como você lida com o outro e com o mundo. Mas, você não precisa ficar parado se lamentando, a qualquer momento da vida você pode dizer que está infeliz e mudar de direção. Buscar sua paz interior e alinhar-se ao que te traz prazer.


Quando nascemos temos a orientação de nossos pais. Nosso primeiro contato é com a mãe que cuida de nossa higiene, nos alimenta, nos dá carinhos e afetos. Nossa mãe é nossa primeira guia, o amor que ela nos dá vai se tornar em energia para toda vida. Logo depois da mãe vem nosso pai, que nos mostra que não somos somente minha mãe e eu, mas, que existe o outro. Esse outro nos ensina a amar o próximo. Tudo o que nos é dito nessa fase fica marcado e define nosso traço de caráter, o que seremos e como seremos quando nos tornarmos adulto. Esse casal, pai/mãe – família nos aprova ou desaprova, nos incentiva ou nos critica.


Problemas em cada uma destas fases geram traumas, ajustes criativos, que nos protegem. Os pais passam para os filhos, através das atitudes e cuidados, indiretamente, os traumas que receberam de sua pais. A criança usa seus recursos infantis, para enfrentá-los, para resolver essas situações ou esses traumas, acabando por deixar Gestaltens abertas. O adulto consegue solucionar os problemas, a criança NÃO, então ela se utiliza de sua criatividade para ajustar-se e solucionar os problemas . O sofrimento eu aguento. A dor, não. A dinâmica de proteção da dor da criança forma o caráter, que parece mais tarde, no SENTIR, PENSAR e AGIR.


Cada parte do nosso corpo carrega as marcas da nossa infância, estas marcas, superficiais ou profundas, devem ser compreendidas para que se saiba o que ouve e em qual fase dessa infância aconteceu. Assim, conseguimos voltar aos momentos de nossa infância e através da psicoterapia, aprender a lidar com nossa criança interior e ensinar a ela , novos ajustes. Você não pode escolher novos ajustes, você deve trabalhar e aceitar.


Fomos ensinados que para ter tudo o que quisermos, era só trabalhar, ter dinheiro. Fomos ensinados a desejar poder. Fomos ensinados que tirar nota 10 é melhor que estudar artes ou música. Fomos ensinados que quem chega primeiro é vencedor e o último é perdedor. Uma felicidade condicionada. Esqueceram de nos ensinar que precisamos do outro e que o outro precisa de nós. Esqueceram de nos ensinar que a vida pode ser leve quando você faz o que ama. Esqueceram de nos ensinar que somos irmãos e não competidores. Esqueceram de nos ensinar que cada pessoa tem o seu valor indiferente da classe social ou do salário que recebe. Pouquíssimos aprenderam o certo e nem sempre compreenderam o porquê funcionava assim. Os pais fazem o que acreditam ser o melhor para seus filhos. Mas você não precisa culpar seus pais por ser assim, você é o único responsável por sua vida e pelo que fizer de-la.


Uma pandemia como essa que estamos vivendo, vem para nos ensinar o valor do outro. Quanto vale uma vida para você? Quanto vale seu emprego, quando o outro revira o lixo para sobreviver? Você vai para o hospital particular e o outro para a Unidade Básica de saúde. O que sua criança interior tem a dizer sobre suas atitudes, quais são os medos dela? O que você tem para ensinar a ela?


O vírus vem da situação de pobreza na China, de onde se vende sonhos para o mundo todo, não devemos buscar culpados, mas sim, as situações que nos levaram a isso. A pobreza extrema existe em todos os países, às vezes está mascarada, outras vezes é esfregada na cara do cidadão. Chega nos barcos de refugiados. Nas promessas de emprego, que não se realizam. No tráfico de mulheres e crianças mundo afora. No cuidado excessivo dado aos animais enquanto crianças são amontoadas em abrigos para adoção. Chega na droga que se vende na esquina, para enriquecer o traficante, e denegrir o filhinho de papai.


Todos sofremos com a pobreza, uns vivem outros sobrevivem a ela. O que você faz para mudar essa realidade? Qual sua responsabilidade na desordem que se passa no mundo?



Agradeço sua visita,

Selma Bueno Alves

Psicóloga Clínica

Pós graduanda em Neuropsicologia

CRP 02/22741





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