Pela visão da Gestalt-Terapia
Eis que a que família vai aumentar, um novo membro em breve fará parte dessa família, a alegria paira sobre seus membros o tão sonhado filho ou filha, primeiro ou segundo, não importa, a felicidade está presente. Durante os nove meses da gestação a preparação do quarto, o enxoval, a casa, o irmãozinho, tudo está sendo preparado, com muito cuidado e amor.
O bebê chega e é recebido com carinhos e afetos por todos, aos poucos vai crescendo e aparecendo cada vez mais fazendo parte da rotina da casa e da família, mas, alguma coisa parece não se encaixar direito, a criança parece não se envolver tanto quanto os outros membros, parece não estar aware, prefere o isolamento, prefere brincar sozinha, não entende para que serve esse ou aquele objeto, preferindo fazer do seu próprio jeito. Chora muito tem acessos de raiva, quase não dorme.
- O que acontece? O que meu filho tem? Perguntam os pais.
- Autismo. Diz o médico.
- Autismo? Como assim?
- Sua criança tem Autismo, um Atraso no Desenvolvimento Global – TGD, no que se refere às habilidades sociais, à linguagem e ao comportamento.
É como se todos os sonhos caíssem pelo chão, a criança prefeita, o adolescente prefeito, a continuação da família. Esta notícia não é aguardada pelos pais, o impacto na família é enorme. Mesmo o Autismo sendo em formato de Espectro, o que quer dizer que existe em vários graus e formas, a notícia em si é dolorosa, é um ser humano que precisará de muitos cuidados extra, além do amor, as famílias terão muitas outras atividades, que não estavam planejadas e agora passarão a fazer parte do cotidiano. Algumas famílias não terão condições de fazer todos os tratamentos exigidos, dificultando a vida da criança e o futuro.
Assim, se há um familiar diagnosticado com autismo, a família toda é afetada. Os pais sofrem pela perda da criança saudável que esperavam e muitos acabam por ter sentimentos de desvalia. Toda vivência emocional se transforma, a família se une frente a doença da criança e tendem a se organizar externamente, de tal modo que os laços internos enfraquecem, o que pode acabar em um fracasso pessoal e social.
O atendimento psicológico deve ser prestado tanto a criança como aos familiares tendo como objetivo resgatar a autoestima e confiança da família. Como não existe um manual para lidar com crianças, sejam elas típicas ou não, os pais devem ficar atentos aos gestos, olhares e meios pelos quais essa criança se comunica, a fim de encontrar uma melhor maneira de enfrentar o transtorno.
Crianças diagnosticadas com autismo tem um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo; apresentam dificuldades de linguagem e como consequência um atraso na fala. O autista pode apresentar o comportamento de referir a si mesmo em terceira pessoa. Podem reproduzir um eco do que lhes foi dito antes, a ecolalia. A aceitação da ecolalia permite a criança se tornar mais motivada e faz com que ela busque falas mais criativas. Podem assumir um comportamento pré linguístico, que guia a outra pessoa a executar determinada função. Podem se utilizar de gestos, sons vocais e movimentos corporais. O autista tem dificuldade em dar um significado a um contexto, apresenta uma inabilidade de usar a informação semântica para codificar um material verbal e renomear conjunto de palavras, não entende metáforas, por exemplo. Todos estes pontos devem ser observados pois está é a maneira que o autista encontra de se comunicar.
Os prejuízos na comunicação e inteiração social podem variar desde a ausência da percepção do outro, com ausência de contato visual direto, expressões faciais ou gestos que regulam o contato social, até contato intrusivo. Podem sustentar o olhar com o interlocutor, mas por pouco tempo e sem objetivo de comunicação. Apresentam dificuldade em compartilhar o foco de sua atenção e prazer. Como resultado , não desenvolvem relacionamentos apropriados com pares da mesma idade, alguns até apresentam , mas é qualitativamente inadequado. Os indivíduos com a antiga nomenclatura "Asperger", são normalmente descritos como não retirados socialmente, mas, a inteiração ficará nos próprios interesses, frequentemente restritos e sem espaço para o interlocutor. Não percebem dicas emitidas e não tem espontaneidade social, categorizando inteirações pela formalidade e convenções rígidas.
Os sinais do autismo aparecem já nos primeiros anos de vida e tendem a diminuir com o passar do tempo, mas, as incapacidades são persistentes e limitam a vida independente, os prejuízos abrangem com intensidade variável, várias áreas do funcionamento como linguagem, aprendizado e comportamentos adaptativos.
Não existem duas pessoas diagnosticadas com Autismo que sejam iguais. Não existe um tipo único de Autismo. O Autismo representa uma série de combinações de expressões e manifestações, cada caso é um caso, por isso, a forma mais utilizada para designar é ESPECTRO AUTISTA.
Autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, por Kanner, ele relatou em seu artigo o caso de onze crianças, diferentes entre si, nascidas em locais diferentes, mas que tinham certa coerência em seus comportamentos. Condições marcantes e únicas de cada uma delas, o que fez com que Kanner se debruçasse sobre eles e estudasse detalhadamente suas peculiaridades.
Kanner observou que todas compartilhavam dificuldades em se relacionar socialmente ( solidão autista extrema), dificuldade na linguagem (repetiam frases), fixação por objetos, movimentos giratórios e repetitivos, limitado repertório de atividades espontâneas, algumas com horror a sons altos, ainda, algumas tinham excelente memória. A essas características, Kanner daria o nome de “Autismo Infantil” diferenciando da Esquizofrenia Infantil. (Kanner 1943)
Gringer 2010, explica que a palavra “Autismo” vem do grego “Autos” que significa “eu mesmo”, uma tentativa de explicar em apenas uma palavra o fechamento em si mesmo, essa solidão autista extrema, que Kanner queria demonstrar como parte da nova síndrome.
Muitas crianças Autistas receberam o diagnóstico de Esquizofrenia Infantil na década de 1950, naquele tempo o diagnóstico de “Autismo” recaia sobre as mães, alegando que estas tornaram seu filho autista por alguma falta de afeto.
Na mesma época, na década de 1940, Hans Asperger, fazia uma publicação onde descrevia quatro crianças do sexo masculino com distúrbios graves na inteiração social, na fala, além de dificuldade na coordenação motora, ao que determinou “ Psicopatia Autista na Infância”. Asperger, já acreditava que autismo fazia parte de um espectro. Kanner e Asperger nunca conheceram o trabalho um do outro. (Grinker-2010)
No CID -10 Autismo se divide em Infantil (F84.0), Autismo atípico (F84.1) e Síndrome de Asperger (F84.5), estão classificados como Transtorno Invasivo de desenvolvimento (F84) que se caracteriza por anormalidades qualitativas em interações socias reciprocas e em padrões de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. São um aspecto invasivo do funcionamento do indivíduo em todas as situações, embora possa vir em diferentes graus.
No DSM-V (299.00 / F84.0) autismo é descrito como parte dos Transtornos de neurodesenvolvimento. Apresenta uma falta de resposta e interesse, por pessoas, contato visual exíguo, expressões faciais empobrecidas, dificuldade em iniciar ou manter conversas, padrões restritos , repetitivos e estereotipados do comportamento, obsessão por certos objetos, ausência de ações variadas, espontâneas e imaginárias ou ações de imitação social apropriada para seu nível de desenvolvimento.
Ainda não sabemos a causa do autismo, a hipótese é que seja de base genética, não necessariamente hereditária, que associada ao ambiente, poderiam fazer algumas modificações neuronais. Considera-se, portanto, que existam pessoas com “projetos de cérebros” diferenciados, cada um é único apesar de sofrerem alterações precoces na interação social impactando em seu desenvolvimento global, em qualquer uma das áreas de comunicação, estereotipias, comportamentos ou interesses.
Uma forma de ver o outro
Desde 1940 até agora, muitos olhares são direcionados ao Autismo e suas formas e graus, sempre do ponto de vista do observador, sempre um olhar do outro a partir de fora da sua perspectiva, reduzindo o outro a sua forma de observar.
O método fenomenológico oferece um outro olhar, a partir de um ponto de vista onde o observador deve se deslocar para dentro do observado e perceber como ele as vivencia. A biografia de Carly Fleishmann nos traz como foi importante esse olhar de dentro para fora do terapeuta.
Carly Fleishmann foi diagnosticada com autismo severo, apraxia oral e com moderado e severo atraso no desenvolvimento. Foram anos de terapeutas de todos os tipos, sua rotina era composta de escola especial e terapias com método ABA quase todo o resto do tempo. Carly dormia pouquíssimo, sua hiperatividade deixava os pais cansados entediados, frustrados e com raiva. Como a troca dos terapeutas era muito grande, parecia não dar o resultado esperado. Quando Howard o novo terapeuta, chegou, ele e a fonoaudióloga Barb, iniciaram um trabalho diferenciado. Barb já havia suspendido os julgamentos internos do que um autista é capaz ou não de fazer. Ambos os terapeutas empregaram então meios de comunicação onde Carly podia ser conhecida como simplesmente Carly, ela mesmo. Ela tinha total atenção física e psicológica. Apesar dos avanços Carly ainda era conhecida como o furacão. Uma equipe de 10/12 pessoas cuidava de Carly e se reuniam de tempos em tempos para ajustar o programa, isso foi fundamental na abordagem ABA, para tornar Carly sociável, embora desumano. Aos 10 anos Carly ainda era inquieta e excêntrica, certo dia choramingava e corria ao redor da sala sem querer completar as tarefas, quando Barb perguntou: - “Mas o que você quer, sente-se e nos ajude a entender o que você precisa.” E Carly começou a digitar lentamente com o indicador as palavras HELP-TEEH- HURT. Ambos os terapeutas ficaram atônitos e seus pais não acreditaram, já que nos últimos 10 anos todos lhes diziam que ela tinha deficiência cognitiva. Ali uma porta se abriu pra Carly, a confiança nas pessoas que estavam com ela, que deixavam que fosse autêntica.
Você pode conferir a hstória da vida de Carly em seu Blog http//carlysvoice.com/home/ no seu Facebook https://www.facebook.com/carlysvoice/ e em sua conta do twiter.
Na internet ela deixa seu recado e recomenda a todos –“Não desistam, sua voz interna encontrará uma saída, a minha encontrou”. (ABC News, 2011)
Carly escreveu sobre sua inquietação e sua hiperatividade: -“Você não sabe qual é a sensação de ser eu, quando você não pode ficar parado porque suas pernas estão pegando fogo, ou quando sente que uma sentem-na de formigas estivessem rastejando em seus braços.”
A história de Carly é apenas uma das tantas que se modificaram por terapeutas que deixaram sua visão de observador entrar no mundo do outro, se deslocando para dentro do observado e percebendo como ele as vivencia.
A psicoterapia é fundamental para autonomia, liberdade e responsabilidade assim como uma melhor qualidade de vida. A psicoterapia dá ao outro a condição de que se torne tudo o que ele pode ser. Mas para que tenha êxito a psicoterapia depende da qualidade da relação entre paciente e terapeuta. Autenticidade, acolhimento e empatia.
Quanto mais uma pessoa é compreendida e aceita, mais ela se distancia de suas defesas. Isso acontece no autismo conforme mostra Cristo (2009): “Crianças autistas, quando aceitas em um clima de facilitação, buscam alternativas de comunicação, sentem-se menos pressionadas, seu nível de tensão diminui e junto com o outro, o psicoterapeuta, procura novas formas de linguagem”.
A Gestalt- Terapia
A Gestalt-Terapia uma abordagem de base existencial-fenomenológica, a fenomenologia traz conceito de que o ser humano percebe a verdade ao seu modo, percebe o percebido, segundo Husserl, suspendendo os juízos de valores na busca dos significados de essência da realidade e o que está por trás, temos várias formas de perceber a realidade.
O AQUI-AGORA é um dos principais conceitos da Gestalt terapia, estar no aqui agora significa que a pessoa está ciente de suas sensações, sentimentos, pensamentos, no presente, que ela não vive se lamentando ou fantasiando. Estar AWARE, um outro conceito é ter consciência do que está acontecendo e porque isso está ocorrendo, integrando sua vida, o que faz e como age, assimilando o que nutre e descartando o que é toxico.
Para Perls, a terapia gestáltica consiste não tanto, no que está sendo experienciado, mas, na maneira como está sendo relembrado é relembrando, com que tom de voz, afeto, consideração para com a outro pessoa etc. Reexperimentar com novas atitudes e novos materiais da experiencia do dia-a-dia concreto, visando uma integração melhor do sujeito.
A Gestalt também apresenta uma visão holística do homem, o homem biopsicossocial, que influencia e é influenciado pelo meio onde vive. A formação de figura e fundo elege as necessidades de cada sujeito, é um processo dinâmico e determina a auto conservação, sendo o fundo uma estrutura e a figura uma parte que se encaixa nesta estrutura, com perfeição, formando o fluxo de vida fluido, leve, saudável.
O contato é o limite entre o eu e o outro, o meio em que está inserido, o contato é feito de várias maneiras através dos órgãos do sentido, e é através do contato que criamos nossa forma de viver, contatos organizados de boa qualidade, boas fugas, interrupções ou obstruções, criam uma forma saudável, qualquer dificuldade nesse contato torna o fluir mais denso, dificultando a vida. Em um ajustamento criativo saudável a transição entre a novidade e a rotina que se renova, a cada assimilação e crescimento é bem feita, se a assimilação não for feita o crescimento não acontece, formando um ajuste criativo disfuncional, evitativo ou neurótico.
A noção de saúde/doença para Gestalt terapia aborda identificação ou alienação do sistema SELF, se a pessoa se identifica com seu self e não bloqueia seus excitamentos, se torna uma pessoa saudável. Mas se por outro lado o indivíduo não aceita seus próprios excitamentos, tendo identificações falsas, gerando confusão dentro de si, torna o sistema não saudável, alienado.
A prática da Gestalt é justamente a de ajudar essa pessoa , treinando seu EGO com oscilações entre identificações e alienações, fazendo com que a pessoa saiba que está no controle, percebendo, sentindo e agindo espontaneamente.
Diante de uma criança Autista é de extrema importância estar em contato com ela e poder perceber quais são as dificuldades ao entorno. Ao se tratar um autista por suas próprias limitações sensoriais e de linguagem, se a relação EU-TU, não estiver consolidada, não se pode prever o que acontecerá.
Ajustamentos de defesa de Isolamento
Ajustamentos de defesa contra a demanda ou isolamento, são muito frequentes em pessoas com autismo. O campo social dessa pessoa está diretamente ligado ao fato de que essa pessoa precisa fazer estes tipos de ajustamentos. O que pode explicar o embotamento afetivo, a agressividade inespecífica a forma pueril, de lidar com os afetos e pensamentos, ou, o comportamento autista, sem qualquer tipo de inteiração social.
Entende-se que o autismo está no momento, em que, o indivíduo se defende da demanda do excitamento, o fundo de vividos não se apresenta diante da demanda, principalmente aquelas relacionadas com o afeto propostas pelo meio social. Ou seja, a ação não encontra na função id excitamentos para responder a demanda, assim tenta afasta-la. Essas pessoas lidam com o relacionamento como algo aprendido e não necessariamente sentido.
O fato de autistas não entenderem metáforas é outro ponto, as entrelinhas, as segundas intensões, o indivíduo com ajustamento do tipo autista, não consegue trabalhar com o nível subjetivo, ele não tem a referida doação desse excitamento pelas demandas do afeto. Ao ser identificada a inexistência dessa referência de excitamento ele cria uma defesa para que a demanda do afeto se afaste o mais depressa possível.
A intervenção no ajustamento de isolamento é primordialmente a de saber que favorecer o processo de socialização não é o objetivo principal. Outra intervenção é reconhecer os sintomas e as formas de defesa e a partir disso identificar as possibilidades de aprendizado que possibilitem o desenvolvimento da personalidade.
Deve ser feita desde a observação do meio social onde o autista está inserido, os afetos daquele ambiente e tentar neutralizá-las ao máximo, para que ele não se isole. Orientar familiares e pessoas próximas para que, os mesmos, consigam identificar as demandas que geram o isolamento.
As pessoas e familiares precisam saber identificar o ajustamento de isolamento e saber que ele não deve ser negado, mas salvaguardado, pois assim o autista pode desenvolver sua inteligência social e não precisa se afastar dos demandantes. Ao saber identificar essa diferença, e procurar não demandar afetos os processos educacionais e as relações sociais tendem a se ampliar e fluir.
Todo autista requer uma atenção especial e dedicação da família, , o desafio não se limita apenas a criança , mas a todos, a acolhida e os recursos oferecidos são um trabalho contínuo para a qualidade de vida dessa pessoa.
Segundo Oliver Sacks (1995)”Autismo embora possa ser visto como uma condição médica, e patologizado como síndrome, também deve ser encarado como um modo de ser completo, uma identidade profundamente diferente”.
Métodos para tratamento
ABA – Análise de Comportamento Aplicada, uma linha que permite compreender o comportamento de pessoas com transtornos de desenvolvimento, possibilita-se a observação, análise e associação que se pode fazer entre ambiente, comportamento e aprendizagem.
Trabalha-se os déficits identificando as inaptidões em crianças, as quais prejudicam seu desenvolvimento e aprendizagem. Busca-se, por meio deste método, reduzir a presença de comportamentos indesejados e estereotipados, birras e agressividade, que possam impedir o convívio social de qualidade.
Ao se conhecer o comportamento problema, encaminhando essa criança a um comportamento adequado, assim é importante saber a forma com a qual a criança se comunica.
PECS – Sistema de comunicação por troca de figura, troca de uma figura pelo item que deseja. Pode-se juntar figuras e formar uma frase, posteriormente a responder perguntas e fazer comentários. Método baseado no livro de Skinner - “comportamento Verbal”.
Esse método se constitui de seis fases: Como se comunicar; distância e persistência; discriminação de figuras; estrutura de sentenças; respondendo a perguntas; comentando.
TEACCH - Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Desvantagens de Comunicação. Esse método foi pensado de forma a dar a criança autista o controle do ambiente de aprendizado encorajando-as para sua independência. O TEACCH volta-se para o ambiente físico, social e na comunicação, moldando de acordo com as dificuldades da criança, permitindo que seu desempenho seja treinado com a finalidade de alcançar hábitos apropriados e aceitáveis. O ambiente estruturado é um forte facilitador para base de aprendizado.
SON-RISE – método que busca a participação ativa, independente da idade, nas interações dinâmicas, envolvendo pais, adultos e crianças, acredita-se que essa inteiração favoreça a receptividade da criança, que se mantém mais aberta e determinada a aprender.
Quando a criança fica no centro, levando-se em conta seu ritmo e juntando-se a ela, a criança é que informa seus desejos e necessidades, facilitando a inteiração quando ela quiser e puder.
FLOORTIME - foi criado para que afim de se ter uma maior socialização e melhorar a linguagem, diminuindo comportamentos repetitivos e como consequência facilitar a compreensão da criança. Através do brincar , seguindo seu exemplo e estimulando sua iniciativa, trazer a criança para o mundo compartilhado de forma prazerosa. Conta com duas etapas: observação/avaliação; círculos abertos de comunicação, gestos ou palavras, iniciar vínculo; adentrar o mundo da criança interagindo com ela dando significado a brincadeira escolhida; alargar e expandir essa brincadeira gradualmente estimulando das menos complexas as mais complexas; fechar os ciclos de comunicação valorizando a reciprocidade. (Interdisciplinary 2010; Greenspan; Wieder, 2006; Breinbauer, 2006)
Agradeço sua visita,
Selma Bueno Alves
Psicóloga Clínica
Pós graduanda em Neuropsicologia
CRP 02/22741
Referencias
Classificação dos transtornos mentais e de Comportamento CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes – Coord. Organiz. Mund. De Saúde ; trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artmed, 1993.
Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais : DSM-% / [American Psychiatrric Association ; tradução : Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica Aristides Volpato Cordioli ...[et al.]. – 5 ed. – Porto Alegre : Artmed, 2014. Xliv, 948p; 25 cm
Artigos
O ajustamento criativo da criança em sofrimento: uma compreensão da Gestalt-terapia sobre as principais psicopatologias na infância
Sheyla Maria Rocha Antony
Psicóloga as Secretária de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES/DF e docente do Instituto de Gestalt Terapia de Brasília - IGTB
O diagnóstico na abordagem fenomenológica existencial
Ariana Maria Leite Araújo
Revista IGT na rede, v7, Nº 13. 2010, Página 315-323 disponível em
http;//www.igt.psc.br/ojs / ISSN 1807-2526
O psicoterapeuta invisível: reflexões sobre a prática Gestáltica com ajustamentos autistas
Marina Nogueira de Barros
Revista IGT na rede, 11, Nº 20, 2014, Página 193-241 disponível em
http;//www.igt.psc.br/ojs/ ISSN 1807-2526
Selma Bueno Alves
Psicologa clínica
CRP 02.22741
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